Vamos conversar sobre transparência no uso de bots nas redes sociais?

Nesta seção você terá acesso às informações de como surgiu o PEGABOT, quem são os realizadores e financiadores do projeto, como o algoritmo da ferramenta foi construído e orientações para interpretar os resultados das análises. Além disso, identificar bots não é uma tarefa fácil e demanda cuidados, portanto, você poderá se aprofundar em alguns textos que separamos para você com mais detalhes sobre metodologias para detecção de automação em redes sociais. Boa leitura!

Transparência

O que é um bot

Bot, uma abreviação para robô em inglês, é um programa de computador ou script criado para realizar algum tipo de automação. Afinal, ao contrário de nós humanos, computadores são ótimos para operar tarefas repetitivas.

Os primeiros robôs não tinham intenções maliciosas, e ainda hoje existem os bons bots, que têm como propósito exigir prestação de contas de políticos, viralizar causas para a igualdade de gênero ou ajudar a organizar as (muitas) tarefas diárias de seus usuários.

No entanto, sabemos que com o passar dos anos, robôs começaram a ser utilizados em larga escala para realizar tarefas maliciosas e se passar por humanos nas plataformas digitais.

Transparência

Como surgiu o PEGABOT

No final da década de 1990, os bots começaram a desenvolver uma reputação negativa, ao serem usados no envio de SPAMs por e-mail, roubos de dados pessoais e fraudes, por exemplo. A partir de 2014, um fenômeno ganhou escala global e se tornou cada vez mais frequente: o uso de bots em campanhas de desinformação e manipulação do discurso na esfera pública.

Viralizar informações, desacreditar adversários e dificultar o debate público são apenas algumas das estratégias nas quais os bots são utilizados de forma coordenada. E pior: eles estão por aí e quase ninguém sabe como funcionam, quem os desenvolve e por quem são financiados. Para ajudar a combater esse problema, lançamos o PEGABOT, um projeto para dar mais transparência ao uso dos bots no Brasil.

Transparência

Os idealizadores do PEGABOT

O PEGABOT é um projeto do Instituto do Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio) e do Instituto Tecnologia & Equidade desenvolvido em 2018. Com a ferramenta, qualquer pessoa pode verificar a atividade de uma conta do Twitter para identificar a probabilidade do perfil ser bot. Quanto maior a nota, maior a chance de ser um bot.

O Pegabot está sendo financiado pela União Europeia

Transparência

Como funcionam os critérios do PEGABOT

O algoritmo do PEGABOT utiliza informações públicas dos perfis no Twitter para realizar suas análises. O objetivo é identificar características que ajudem a determinar se o perfil é mais ou menos bot. Dê uma olhada abaixo nos critérios que são utilizados pela ferramenta.

Perfil de usuário

Algumas das informações públicas dos perfis consideradas na análise do PEGABOT são o nome do perfil do usuário, e quantos caracteres ele possui, quantidade de perfis seguidos (following) e seguidores (followers), texto da descrição do perfil, número de postagens (tweets) e favoritos.

Continuar lendo

Rede

O algoritmo do PEGABOT coleta uma amostra da linha do tempo do usuário, identificando hashtags utilizadas e menções ao perfil para realizar suas análises. O objetivo é identificar características de distribuição de informação na rede da conta analisada.

Continuar lendo

Análise de sentimentos

Os algoritmos do PEGABOT selecionam uma amostra de até 100 tweets mais recentes publicados pelo perfil analisado. O objetivo é identificar a neutralidade do perfil analisado. Quanto mais neutro, menor a chance de ser considerado um bot.

Continuar lendo

Quer saber mais?

Robôs Por Todos Os Lados

Eu vejo robôs e eles estão por toda parte: (quase) tudo que você precisa saber sobre bots e metodologias para detecção de automação

Ler conteúdo completo

Saiba como interpretar os resultados do PEGABOT

captura da tela de resultados

O PEGABOT indica o percentual de probabilidade de um perfil do Twitter ser um bot. Quanto maior a nota, maior a chance daquela conta não ser de uma pessoa real. Cada perfil pesquisado ocupa uma zona do medidor: verde, amarela ou roxa. Se o perfil pesquisado estiver na zona roxa, a chance de ser um bot é alta, ou seja, essa conta possui um comportamento bastante similar ao de um robô. Muitos resultados são classificados na zona amarela, o que significa que existem elementos para suspeitar de uso de automação, mas em menor nível. Neste caso, pode ser que seja um perfil usado com pouca frequência, um uso humano muito repetitivo ou um perfil institucional que utiliza plataformas para agendamento de tweets. Se é verde, provavelmente é humano, ou seja, o índice de comportamento similar ao de um robô é baixo.

Agora que você já viu o que pode ser feito com o PEGABOT

Analise a probabilidade de um perfil do Twitter ser um bot